Chicago recuou com mercado acompanhando as tensões comerciais.
Ontem a segunda-feira (21) chegou ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
De acordo com análise da Agrinvest, o mercado perdeu força neste início de semana enquanto acompanha de perto as movimentações comerciais internacionais e o cenário das tarifações ao redor do mundo.
“Era esperado um acordo entre Estados Unidos e União Europeia fosse alcançado antes do final do período, mas parece que isso está longe de acontecer. Falam que a UE está preparando uma série de medidas contra os EUA, reduzindo consideravelmente as chances de um acordo comercial”, apontam os analistas.
Nesta segunda-feira, o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que o governo norte-americano está mais preocupado com acordos de alta qualidade do que em concluí-los até 1º de agosto.
Outro ponto de pressão neste início de semana foi a queda do dólar index, que empurra os preços de commodities agrícolas para baixo em Chicago.
O vencimento setembro/25 foi cotado a US$ 4,03 com queda de 4,75 pontos, o dezembro/25 valeu US$ 4,22 com desvalorização de 5,50 pontos, o março/26 foi negociado por US$ 4,39 com perda de 5 pontos e o maio/26 tinha valor de US$ 4,50 com perda de 4,75 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (18), de 1,16% para o setembro/25, de 1,29% para o dezembro/25, de 1,12% para o março/26 e de 1,04% para o maio/26.
Mercado brasileiro
Os preços futuros do milho também finalizaram a segunda-feira pressionados na Bolsa Brasileira (B3) e com resultados no campo misto.
As quedas nas cotações registradas em Chicago e a desvalorização do dólar ante ao real no câmbio brasileiro ajudaram a segurar as posições do cereal na B3.
Por outro lado, os analistas da Agrinvest apontam que as perdas foram limitadas pelo atraso da colheita da safrinha, que restringe a oferta em algumas regiões.
Segundo dados levantados pela consultoria, o total colhido da segunda safra brasileira até o dia 14 de julho estava 23,3 milhões de toneladas abaixo do registrado no mesmo período de 2024.
O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 65,07 com queda de 0,58%, o novembro/25 valeu R$ 68,15 com perda de 0,07%, o janeiro/26 foi negociado por R$ 72,08 com alta de 0,10% e o março/26 teve valor de R$ 75,00 com ganho de 0,87%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou recuos neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações somente em Tangará da Serra/MT e Campo Novo do Parecis/MT, mas percebeu desvalorizações em Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Sorriso/MT, Rio Verde/GO, Eldorado/MS, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.