Chicago também subiu esperando o USDA de hoje.
Após oscilarem ao longo do dia, os preços futuros do milho encerraram as atividades de ontem, terça-feira (11), contabilizando novas altas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações subiram até 1,65% e flutuaram na faixa entre R$ 55,40 e R$ 63,38.
O vencimento julho/23 foi cotado à R$ 55,40 com valorização de 1,65%, o setembro/23 valeu R$ 56,28 com ganho de 0,50%, o novembro/23 foi negociado por R$ 59,80 com alta de 0,49% e o janeiro/24 teve valor de R$ 63,38 com elevação de 0,60%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as cotações não têm mudado nos balcões brasileiros diante da chegada da colheita da safrinha, mas melhorou um pouco nos portos com as recentes altas de Chicago e do dólar.
“Tem ficado perto de R$ 51,00 a R$ 53,00 no balcão do Rio Grande do Sul e entre R$ 43,00 e R$ 50,00 no Sul e Sudeste. Já os portos voltaram a trabalhar entre R$ 57,00 e R$ 61,00, melhorando por volta de R$ 1,00 a saca”, diz Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve mais altos do que baixos nesta terça-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização apenas em Palma Sola/SC e Sorriso/MT. Já as valorizações apareceram nas praças de Jataí/GO, Rio Verde/GO, São Gabriel do Oeste/MS, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o mercado físico do milho inicia a semana sem grandes mudanças, onde os consumidores continuam à espera de novas desvalorizações à medida que a colheita da 2ª safra avança”.
Mercado Externo
A terça-feira também foi positiva para os preços internacionais do milho futuro que acumularam movimentações altistas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento julho/23 foi cotado à US$ 5,71 com alta de 1,00 ponto, o setembro/23 valeu US$ 4,94 com valorização de 2,25 pontos, o dezembro/23 foi negociado por US$ 5,01 com ganho de 2,00 pontos e o março/24 teve valor de US$ 5,12 com elevação de 1,75 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (10), de 0,18% para o julho/23, de 0,41% para o setembro/23, de 0,40% para o dezembro/23 e de 0,20% para o março/24.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, o milho subiu nesta terça-feira esperando que o relatório de estimativa de oferta e demanda agrícola mundial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de quarta-feira mostre ajuste nos rendimentos do milho dos EUA.
“O comitê do USDA WASDE normalmente não gosta de mudar sua estimativa de rendimento até que o Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas apresente um rendimento em agosto, mas pode usar o junho seco deste ano como uma desculpa para fazer isso para ajudar na tentativa de fazer seu balanço de milho trabalhar devido à área maior”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX, em fala repercutida pela publicação.
O analista da Farm Futures, Larry Shonkwiler, destaca que “o que o USDA fizer com o rendimento obviamente será muito crítico para o balanço do milho de amanhã. O consenso do mercado é que o início muito seco de junho para o desenvolvimento da safra em grande parte do Cinturão do Milho cortou o limite superior do potencial de rendimento”.