A pressão da safra faz preços do milho caírem forte nesta quarta-feira em Chicago
Apesar dos altos patamares que o dólar vem apresentando nos últimos dias e inclusive no dia de hoje, onde a moeda fechou em R$ 5,53, apenas R$ 0,01 abaixo da cotação de segunda-feira, os futuros do milho acompanharam as notícias internacionais. Essas informações foram divulgadas pela TF Agroeconômica.
“Nestas, conforme relatamos aqui no dia de ontem, houve recuo na demanda global, ao mesmo tempo em que a produção foi aumentada. Com isso, o milho parece procurar um “preço justo” na Bolsa de Mercadorias. Se, por um lado, traders abandonam grandes especulações, entendendo que a janela de comercialização está quase se encerrando; por outro, há ainda a pressão de milho importado e ofertas maiores do cereal”, comenta. “As cotações fecharam o dia da seguinte forma: o vencimento novembro/21 fechou valendo R$ 88,80 (-0,03%); janeiro/22 cotou R$ 88,90 por saca (+0,11%); março/22 a R$ 89,20 (-0,21%); e maio/22 a R$ 86,62 (-0,44%)”, completa.
A pressão da safra faz preços do milho caírem forte nesta quarta-feira em Chicago. “O contrato de milho para dezembro21 fechou em forte queda de 2,15% ou 11,25 cents/bushel a $ 511,25; o contrato para julho22, importante para as exportações brasileiras, fechou também em queda de 1,85%, ou 10,0 cent/bushel a $529,25. Fraqueza sazonal devido ao avanço da safra nos EUA, que mostra um ritmo muito bom (41% atual vs. 31% méd. Hist.). Além disso, o USDA traçou uma perspectiva de maior produção e estoques finais para o ciclo atual. A preocupação com o dinamismo da demanda externa, acrescentou clima baixista”, indica.
“Globalmente, o USDA cortou 2 MT da produção de 2020/21, refletindo a redução doméstica. Depois de algumas outras mudanças, o USDA viu o carry-in global em 289,99 MT, ou um aumento de 3,51 MT em relação à estimativa anterior. Isso veio principalmente dos EUA e da China, embora Rússia, África do Sul e Egito tenham sido cortados em parte de seus números de setembro”, conclui.