Tratam-se, apenas, das primeiras projeções deste ano. Ou seja: muita água ainda vai rolar neste e nos próximos onze meses, alterando substancialmente as previsões iniciais. Mas, por ora, o MAPA entende que somente o Valor Bruto da Produção (VBP) do frango tende a aumentar em 2024. A outra única exceção em que o VBP não seria negativo é a dos suínos. Mas com estabilidade em relação a 2023: apenas 0,2% de aumento.
Se a previsão se confirmar, o frango será o único a reverter o VBP negativo de 2023. Assim, após um retrocesso de quase 2,5% no ano passado, tende agora a um valor 10% superior, resultado que significa expansão de 7,5% em um biênio.
Não é o previsto para os bovinos que, juntamente com o frango, fecharam 2023 registrando queda anual no VBP – neste caso, de 9%. E isto pode ter continuidade em 2024, pois o índice apontado pelo MAPA corresponde a uma queda de quase 5% no VBP deste ano – ou cerca de 13,5% nos últimos dois anos.
Os suínos – cujo VBP aumentou mais de 9% em 2023 – tendem agora à estabilidade, com incremento previsto para 2024 em apenas 0,2%. Mesmo assim será um dos incrementos mais significativos do biênio, pois corresponde a incremento de 9,5% sobre 2022.
Melhor do que isso só o incremento bienal do ovo: quase 10% a mais que em 2022. Mas o previsto para o corrente exercício não é nada agradável, visto representar queda de 9,5% sobre 2023, ano em que o VBP do produto aumentou perto de 21,5%.
Igual destino parece estar reservado ao leite, que em 2023 viu seu VBP aumentar quase 11% em relação a 2022. Pois o previsto para este ano representa, no momento, retrocesso anual de 3,6% e expansão, no biênio, de aproximadamente 7%.
Com tais resultados, 2024 será o terceiro ano consecutivo de queda no VBP animal. O valor ora previsto, de R$347,21 bilhões ficando 1,33% aquém do recorde de R$351,89 bilhões registrado em 2021.