O verão, com início no dia 21 de dezembro, é a estação mais quente de nosso calendário, com temperaturas que se aproximam de 40 graus em diversas capitais brasileiras. Cabe ao pecuarista adaptar-se às ondas de calor para não ter prejuízo de performance dos animais e promover condições de bem-estar adequadas. Tanto as aves como os suínos podem sofrer de desidratação e estresse se a ambiência não estiver adequada nos galpões, comprometendo o ganho de peso, conversão alimentar e a taxa de mortalidade nos lotes.
Devido à incapacidade de transpirar, as galinhas têm maior dificuldade em regular a temperatura corporal durante o calor, sendo uma das espécies mais afetadas no verão. O clima quente provoca nelas desidratação, enfraquecimento de seu sistema imunológico e, em casos extremos, até a morte. Pensando nisso, Filipe Fernando, médico-veterinário e gerente de marketing de aves e suínos da Boehringer Ingelheim, traz três dicas fundamentais para diminuir o estresse térmico nesses animais e evitar prejuízos financeiros, bem como à saúde da população.
- Ventilação e ambiência
O primeiro passo, e mais fundamental, é garantir que a ventilação e a temperatura dentro dos aviários esteja adequada de acordo com a idade das aves. O controle da densidade (animais por metro quadrado) também é importante para garantir que haja fluxo de ar suficiente entre os animais.
- Abastecimento de água
O próximo passo é garantir a quantidade de água nos bebedouros dentro da granja. O fornecimento de água deve estar adequado aos picos de consumo que ocorrem durante o dia, já com a previsão de aumento do consumo durante o verão. O dimensionamento hidráulico das granjas deve ser adequado à quantidade de animais alojados, evitando falhas de abastecimento.
- Observação dos lotes
As galinhas e frangos apresentam características marcantes quando estão sofrendo de estresse térmico, as quais devem ser observadas pelo avicultor o quanto antes: respiração ofegante com o bico aberto, asas levantadas e afastadas do corpo, letargia, fraqueza, diarreia, convulsões, entre outros sintomas. Ao perceber esse tipo de comportamento no lote, é fundamental ajustar a ventilação e monitorar a resposta das aves, bem como os índices produtivos do lote.