Em março, o mercado suinícola brasileiro apresentou oscilações, como destacou a Boletim do Suíno do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), divulgado essa semana. Ao longo do mês houve queda inicial nos preços do suíno vivo e da carne no atacado da Grande São Paulo, seguida de uma recuperação na segunda metade do período. Entretanto, essa valorização não foi uniforme em todas as regiões, resultando em um crescimento médio mensal frente a fevereiro apenas em parte das praças.
Durante as primeiras semanas de março, a oferta de animais superou a demanda, exercendo pressão sobre os valores tanto do suíno vivo quanto da carne. Contudo, na segunda metade do mês, a oferta mais equilibrada em relação à demanda impulsionou os preços.
Quanto às exportações, após um desempenho positivo em fevereiro, o volume de carne suína embarcada pelo Brasil registrou uma queda significativa em março, atingindo o menor nível desde fevereiro de 2023, juntamente com uma redução na receita das vendas externas.
Em relação aos insumos, destaca-se o aumento do poder de compra dos suinocultores paulistas em relação ao farelo de soja, alcançando o melhor resultado desde novembro de 2020 em termos reais. Essa melhoria é atribuída à estabilidade dos preços do suíno vivo em março, enquanto o preço do farelo de soja caiu consideravelmente. Em relação ao milho, o poder de compra também teve um crescimento significativo em março, sendo o maior desde novembro do ano anterior.
No que diz respeito à concorrência com outras carnes, os preços médios da carne suína tiveram uma leve queda em março, enquanto os valores das carnes de frango e bovina apresentaram recuos mais pronunciados. Diante desse cenário, a competitividade da carne suína frente às suas principais concorrentes diminuiu em relação a fevereiro.