Em suas primeiras projeções para 2023, a CONAB estimou que no próximo ano os brasileiros terão á sua disposição 51,2 kg de carne de frango e 18,2 kg de carne suína , a maior disponibilidade per capita de todos os tempos para as duas carnes. Já o per capita da carne bovina deve girar em torno dos 25,9 kg, um dos menores volumes já registrados.
O menor volume de todos os tempos para a carne bovina – 25,6 kg per capita – é previsto para o corrente exercício. Portanto, o aumento apontado para o ano que vem será de pouco mais de 1%. Se confirmado, tal volume corresponderá a uma redução de 25% em relação ao final do século passado (34,9 kg em 2000) e de 40% sobre o maior volume registrado neste século (42,8 kg em 2006).
Os 51,2 kg previstos para a carne de frango correspondem a um aumento anual de 3,5% sobre os 49,5 kg estimados para este ano e que, por sua vez, representam redução de 2% sobre 2020, ano que a disponibilidade per capita do produto alcançou novo recorde: 50,5 kg per capita. Se confirmar-se, a superação desse recorde no ano que vem representará aumento de 75% sobre o per capita de 2000 e incremento médio próximo de 2,5% ao ano.
O incremento médio da carne suína é mais moderado – de, aproximadamente, 1,2% ao ano – mas, naturalmente, superior ao crescimento vegetativo da população e com poucos retrocessos neste século. Se, como prevê a CONAB, alcançar o recorde 18,2 kg per capita em 2023, registrará aumento de mais de 30%.
Confirmadas todas essas projeções, a disponibilidade per capita total de carnes em 2023 ficará em torno de 95,4 kg, 3,5% a mais que o projetado para o corrente exercício. Apesar do incremento anual, o total disponível continuará aquém do recorde registrado em 2013 – 96,7 kg per capita. De toda forma, será um volume 22% superior ao alcançado em 2000.