Pelas novas previsões das FAO (Food Outlook 2025, lançado ontem, 13 de novembro), a produção mundial de carnes deve atingir novo recorde em 2025 e se aproximar dos 384 milhões de toneladas, aumentando 1,4% em relação a 2024.
Porém, apenas duas carnes devem contribuir para esse incremento – a de frango e a suína. Porque a carne bovina tende a apresentar retração de volume próxima de meio por cento, enquanto a ovina (que atualmente representa menos de 5% da produção mundial) deve permanecer com produção estável em relação ao ano passado.
Para a carne de frango está sendo previsto um aumento anual próximo de 3%, índice que corresponde a volume – 154,4 milhões de toneladas – quase 1,5% maior que aquele previsto em abril deste ano, quando a FAO lançou seu primeiro Food Outlook de 2025.
Com esse resultado a carne de frango passa a responder por 40% da produção mundial, o dobro da participação apontada para a carne bovina. A carne suína fica com, praticamente, um terço da produção mundial e a ovina com, aproximadamente, 5%. O 1,5% restante corresponde a outras carnes não listadas pela FAO.
Já em relação ao comércio mundial, a FAO prevê que cresça 1,7% e atinja 43 milhões de toneladas. Nas palavras do órgão da ONU, “a oferta restrita de carne bovina, a forte demanda por importações, as restrições comerciais relacionadas a doenças animais e as tarifas vêm remodelando os padrões comerciais e contribuindo para a volatilidade contínua nos fluxos internacionais das carnes”
O incremento continuará sendo liderado pela carne bovina, com a Austrália expandindo seus embarques para os EUA ( onde a oferta interna permanece limitada), e o Brasil aumentando suas vendas para mercados alternativos após o aumento das tarifas impostas pelos EUA, comenta a FAO, que continua:
A forte demanda global também impulsiona as exportações de carne de aves (de frango em essência), apesar das restrições relacionadas à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no Brasil terem desacelerado o crescimento, permitindo que países exportadores menores ganhassem participação de mercado.
Quanto à carne suína, a FAO observa que o comércio provavelmente se expandirá, visto que o aumento das exportações brasileiras deve compensar a redução dos embarques da União Europeia, particularmente para a China, após a imposição de tarifas adicionais ao produto europeu em setembro.

















































