Pesquisadores da Universidade Metropolitana de Osaka (OMU, na sigla em inglês), no Japão, desenvolveram um novo protocolo para detecção seletiva e altamente sensível. Usando espectrometria de massa, descobriram cinco tipos de dipeptídeos contendo 2-oxo-imidazol (2-oxo-IDPs).
Os 2-oxo-IDPs, presentes em organismos vivos, exibem atividade antioxidante muito alta e são abundantes em carnes, incluindo carne bovina, suína e de frango.
Abundantes na carne e no peixe, os dipeptídeos imidazólicos (IDPs), são substâncias produzidas nos corpos de vários animais, inclusive humanos, e têm sido relatados como eficazes no alívio da fadiga e na prevenção da demência. No entanto, o mecanismo fisiológico pelo qual os IDPs manifestam essas atividades não havia sido determinado anteriormente.
Uma equipe de pesquisa, liderada pelo professor Hideshi Ihara, da Escola de Ciências da Universidade Metropolitana de Osaka, foi a primeira a descobrir dipeptídeos contendo 2-oxo-imidazol (2-oxo-IDPs) – que têm um átomo de oxigênio a mais do que os IDPs normais – e descobriu que eles são a variedade mais comum de derivados de IDPs no corpo. Os pesquisadores também descobriram que eles têm uma atividade antioxidante notavelmente alta.
Em seu estudo, os pesquisadores estabeleceram um método para detecção seletiva e altamente sensível de cinco tipos de 2-oxo-IDPs usando espectrometria de massa, que permite a detecção quantitativa de vestígios de 2-oxo-IDPs em organismos vivos. Usando esse método, eles revelaram pela primeira vez que carne bovina, suína, de frango e outras carnes contêm antioxidantes, não apenas IDPs, mas uma variedade de diferentes 2-oxo-IDPs. .
“Esperamos que este método de pesquisa, que permite a análise avançada de 2-oxo-IDPs, seja aplicado não apenas à biologia básica, mas também à medicina, agricultura e farmácia, onde ajudará a melhorar a saúde das pessoas e a prevenir doenças,” concluiu o professor Ihara.
Os resultados da pesquisa foram publicados no journal Antioxidants. Clique aqui aqui para acessar a publicação.