A Alemanha continua enfrentando desafios com a Peste Suína Africana (PSA), especialmente após a detecção do vírus em um javali selvagem encontrado no rio Reno, próximo à cidade de Koblenz. Este caso, confirmado em 29 de novembro pelo Instituto Friedrich-Loeffler, marca um salto de cerca de 60 km em relação à zona central mais afetada, localizada ao sudeste. Apesar do incidente isolado, as autoridades não criaram uma nova zona de restrição, mas intensificaram as buscas na região para prevenir novos surtos.
Avanço em áreas centrais e zoológicos
Desde junho, o número de javalis infectados no oeste da Alemanha subiu para 541. No estado de Hesse, uma das regiões mais afetadas, 483 animais testaram positivo, sendo que apenas nos últimos meses o distrito de Bergstrasse reportou 220 casos. Além disso, um zoológico local sacrificou 24 javalis após a confirmação de PSA em novembro. Esse é o nono local com animais em cativeiro afetado no estado.
Impacto em fazendas e medidas de controle
Desde 2020, a Alemanha registrou infecções por PSA em 19 fazendas, principalmente em regiões orientais. Apesar do controle gradual nesses estados, como Saxônia e Brandemburgo, casos isolados ainda são detectados. Até 1º de dezembro de 2024, o país registrou 6.373 javalis infectados.
Cenário na Polônia
Na Polônia, vizinha da Alemanha, 44 fazendas foram atingidas pelo vírus em 2024, com destaque para uma instalação com 11.071 suínos abatidos em setembro. Desde 2014, o país já acumula 552 fazendas afetadas, incluindo pequenas propriedades e instalações comerciais.
O avanço contínuo da PSA exige monitoramento rigoroso e cooperação entre países europeus para conter o impacto na produção suinícola e preservar a biossegurança.