Ontem, a segunda-feira (27) chegou ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3).
Para o Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as movimentações do milho na B3 seguiram a lógica vinda de Chicago nesta segunda-feira.
“A B3 também está de olho na colheita que vai ganhar ritmo nas próximas semanas. A safra de verão, mesmo sendo menor, é safra e tem a pressão de entrada de milho, o que dá uma acalmada no mercado”, pontua.
Porém, Brandalizze destaca que não há fundamentos de baixa. “O mercado comprador segue ativo, hoje gira em R$ 72,00 nos portos, então não tem muito espaço de baixa na B3”.
Ontem a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) até aqui em janeiro atingiu 2.695.321,8 toneladas. O volume representa 55,27% do total exportado no mesmo mês do ano passado, que ficou em 4.876.296,6 toneladas.
Sendo assim, a média diária de embarques nestes 17 primeiros dias úteis do mês ficou em 158.548,3 toneladas, representando queda de 28,5% com relação a média diária embarcadas de janeiro do ano anterior, em ficou em 221.649,8 toneladas.
O vencimento março/25 foi cotado à R$ 75,05 com queda de 0,13%, o maio/25 valeu R$ 74,69 com perda de 0,12%, o julho/25 foi negociado por R$ 70,84 com desvalorização de 0,44% e o setembro/25 teve valor de R$ 70,65 com baixa de 0,38%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou movimentações de baixa neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização apenas em Sorriso/MT. Já as desvalorizações apareceram em Castro/PR, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Itapetininga/SP e Porto de Santos/SP.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também tiveram uma segunda-feira negativa para as movimentações na Bolsa de Chicago (CBOT).
Vlamir Brandalizze aponta que, o mercado esteve de olho no feriadão chinês, uma vez que, com a China fora do mercado, essa deve ser uma semana de liquidação de posições em Chicago.
“Todos os mercados agrícolas acabam pressionados porque a China é o maior importador de tudo. Então cai milho, cai soja, cai trigo, todos os mercados acabam liquidando. Mas a boa notícia é que continua sustentado acima de US$ 4,54 nas mínimas”, diz o analista.
O vencimento março/25 foi cotado à US$ 4,82 com desvalorização de 4,50 pontos, o maio/25 valeu US$ 4,92 com baixa de 4,25 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 4,93 com queda de 3,75 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,60 com perda de 3,75 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (24), de 0,92% para o março/25, de 0,86% para o maio/25, de 0,75% para o julho/25 e de 0,81% para o setembro/25.