A situação da suinocultura independente segue dramática, com preços pagos pelo animal vivo abaixo dos custos de produção em muitas praças produtoras. Entretanto, nesta quinta-feira (27) alguns Estados conseguiram estancar o movimento de queda.
Em São Paulo, o preço passou de R$ 5,33/kg vivo para R$ 5,60/kg vivo, segundo o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira.
“Esse pequeno reajuste foi conservador, na minha opinião, havia espaço para preços melhores. Há uma tendência de que nas próximas semanas haja mais reajustes porque a oferta de animais deve cair e a demanda aquecer”, disse.
O mesmo movimento foi visto no mercado mineiro, com valores saindo de R$ 5,50/kg vivo para R$ 6,00/kg. O consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, explica que “uma importante força no mercado são as expectativas. Quando elas se invertem do negativo para o positivo como na semana a oferta se ajusta imediatamente, dando suporte para melhoria dos preços”.
Já em Santa Catarina, que também negocia os animais no mercado independente às quintas-feiras, registrou forte recuo, indo de R$ 6,30/kg para R$ 5,70/kg vivo. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, afirma que neste patamar de preço, os suinocultores têm prejuízo entre R$ 200,00 a R$ 230,00 por animal vendido.
No Rio Grande do Sul, a comercialização no mercado independente de suínos ocorre toda sexta-feira, e na última (21 de maio) foi registrado queda, partindo de R$ 7,03/kg para R$ 6,53/kg vivo.
O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdeci Folador, afirma que os frigoríficos estão fazendo pressão de baixa, mas que os suinocultores estão resistindo, já que não há sobeoferta de animais.
“Esperamos que amanhã (28) haja, pelo menos, manutenção de preços, a exemplo do que foi visto nesta quinta-feira com os mercados paulista e mineiro”, afirmou.