Depois de sete meses em queda, o índice de preços dos alimentos medido pela Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu 1,3 pontos (1,1%) em março, na comparação com fevereiro, para 118,3 pontos.
De acordo com a entidade, os aumentos ocorreram nos óleos vegetais, produtos lácteos e carne, que mais do que compensaram as diminuições nos preços do açúcar e dos cereais.
Na comparação com março de 2023, o índice apresentou uma queda de 9,9 pontos (7,7%).
O subíndice de óleos vegetais teve média de 130,6 no mês, o maior marco em um ano e um aumento de 9,7 pontos (8,0%) em relação a fevereiro. “A recuperação acentuada refletiu cotações dos óleos de palma, soja, girassol e canola”, escreveu a FAO em relatório.
O indicador de lácteos subiu 3,5 pontos (2,9%), para 124,2 pontos, marcando o sexto aumento mensal consecutivo, em decorrência da procura constante da Ásia por queijo.
A demanda por carne de aves e suínos foi a responsável pelo aumento de 1,9 pontos (1,7%) no subíndice de carnes, segundo a FAO. A pontuação ficou em 113,0.
Na ponta oposta, os preços dos cereais recuaram em março 3,0 pontos (2,6%) em relação a fevereiro, para 110,8 pontos. Conforme a FAO, o destaque foram os preços do trigo, que diminuíram pelo terceiro mês consecutivo devido ao excesso de oferta no Hemisfério Norte.
Por fim, o indicador de açúcar registou 133,1 pontos em março, uma queda de 7,6 pontos (5,4%) em relação a fevereiro. “A queda foi impulsionada principalmente pela revisão em alta da produção de açúcar em 2023/24 na Índia e pela melhora da colheita de cana na Tailândia na fase final da temporada. As grandes exportações do Brasil também pesaram sobre os preços mundiais do açúcar. No entanto, as preocupações persistentes com a produção no Brasil, afetada negativamente pelas condições climáticas, continuaram a exacerbar as tendências sazonais e limitaram o declínio dos preços”, escreveu a FAO.