A suinocultura no Rio Grande do Sul, assim como outros Estados produtores, também amarga prejuízos devido aos altos custos de produção. De acordo com Valdecir Folador, presidente da Associação de Criadoes de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), o preço do animal no mercado independente hoje é de R$ 6,32/kg, e o custo de produção estimado é de R$ 7,00/kg a R$ 7,10/kg. Isso faz com que atualmente o suinocultor gaúcho tenha uma perda de cerca de R$ 100,00 por animal vendido no mercado independente.
“Ainda que o custo esteja em patamar muito maior que o preço de venda, os suinocultores estão vendendo dentro da normalidade, em quantidade e peso normal, porque sabem que se venderem muitos animais mais leves, vai haver mais pressão de baixa”, disse.
A expectativa de Folador é que, com a virada do mês, entrada da massa salarial e queda nas temperaturas, a demanda no mercado interno melhore e ajude a melhorar os preços para, pelo menos, “empatar com os custos de produção.
ÁREA LIVRE DE AFTOSA SEM VACINAÇÃO
Apesar da queda nos preços de venda dos suínos, setor deverá ser beneficiado no médio/longo prazo após receber um novo selo de status sanitário. Na última quinta-feira (27), a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) concedeu o reconhecimento ao Rio Grande do Sul como área livre de febra aftosa sem vacinação.
“Isso significa que mais a diante o Estado vai ter chance de abrir mais portas no mercado externo, já que há países que exigem este reconhecimento. A China, por exemplo, só compra do Rio Grande do Sul a carne suína sem osso porque ainda não havia este status sanitário”, disse.