A disparidade entre os custos de produção e o preço pago pelo suíno é uma realidade em várias praças produtoras, e no caso do Paraná, o prejuízo ao suinocultor independente chega a R$ 280,00 por animal vendido, segundo o presidente da Associação Paranaense de Suinocultores, Jacir José Dariva.
Ele pontua que a média de preço do animal vivo hoje está em torno de R$ 6,50 a R$ 6,80 no mercado independente, e que os custos de produção, somando desde a alimentação, mão-de-obra, depreciação, entre outros componentes, quase chega à casa dos R$ 9,00 por quilo do animal.
“Há uma diferença grande entre o preço pago ao produtor e o do produto na ponta final. O consumidor não parou de se alimentar, e a carne suína é a substituta principal da carne bovina. Sendo assim, a margem dos mercados fica mantida, enquanto o frigorífico alega que não consegue repassar os custos”, disse.
Sobre a alimentação dos animais, Dariva explica que há pouca alternativa no momento, uma vez que o trigo, por exemplo, assim como o milho, segue com preços altos. “O que o suinocultor precisa fazer é uma ‘limpa’ nos animais menos produtivos e manter aqueles que produzem mais consumindo menos para tentar sair desse aperto”, pontua.