A Peste Suína Africana (PSA) continua a devastar o setor suinícola no norte da Itália, onde 23 fazendas foram infectadas pelo vírus em 2024, resultando no abate de dezenas de milhares de porcos. Segundo o boletim epidemiológico nacional italiano, até o final de agosto, a doença forçou o sacrifício de aproximadamente 41.000 animais apenas neste verão. A crise se agrava com a propagação do vírus em regiões-chave para a produção suína, como Lombardia, Ligúria, Piemonte e Emília-Romanha.
A situação mais crítica ocorre na província de Pavia, na Lombardia, onde o número de porcos caiu de 230.000 para 100.000 em um ano. A disseminação do vírus, inicialmente detectado em javalis, agora ameaça a sobrevivência de inúmeras fazendas, deixando os produtores em condições precárias e sem perspectivas claras para o futuro. Além das perdas econômicas diretas, as novas regulamentações impostas para conter a propagação da PSA restringem o transporte de animais, agravando ainda mais a crise no setor.
A expansão da PSA na população de javalis continua a preocupar, com novos casos sendo confirmados perto de áreas tradicionais de produção de presunto e queijo, como Parma. A Confagricoltura Pavia, que representa os interesses dos agricultores, descreve a situação como “dramática” e clama por intervenções urgentes para conter