A combinação baixo preço/menor volume fez com que a receita cambial da carne bovina nos 11 primeiros meses de 2023 decrescesse mais de 20%, fator que acabou determinando uma redução de, praticamente, 10% na receita cambial das carnes exportadas pelo Brasil.
Mas a contribuição da carne de frango na minimização desse déficit não foi significativa, pois sua receita cambial permaneceu em quase total estabilidade em relação aos 11 primeiros meses de 2022, apresentando acréscimo de apenas 0,69%.
Em outras palavras, o déficit teria sido ainda maior não fosse a contribuição da carne suína, cuja receita no período aumentou quase 12%, impedindo que o déficit das carnes no período atingisse os dois dígitos.
Pena, somente, que a participação da carne suína na receita cambial das carnes esteja resumida a menos de 12%. A maior participação continua sendo a da carne bovina, com quase 44,5% do total. A carne de frango respondeu por pouco mais de 41%.
Juntas, as três respondem por 97,5% da receita cambial das carnes. Ou seja, as demais carnes respondem por apenas 2,5% dos US$21,4 bilhões auferidos entre janeiro e novembro de 2023.