Dados compilados pelo Ministério da Agricultura junto à SECEX/ME apontam que entre janeiro e maio deste ano as exportações brasileiras das carnes bovina, de frango e suína geraram receita cambial próxima de US$9,9 bilhões. Ou seja: considerado também o que vem sendo exportado em junho corrente, o total anual já supera os US$10 bilhões e pode, mantida a média atual, chegar aos US$12 bilhões. Embora tenha aumentado quase 10% no ano passado, a receita cambial do primeiro semestre de 2021 não foi muito além dos US$9 bilhões.
Neste ano, até maio, o aumento é superior a 36%. Foi alcançado graças à expansão de 56% na receita da carne bovina e de quase 33,5% na receita da carne de frango. Quer dizer: o incremento poderia ter sido ainda maior não fosse a queda de quase 17,5% na receita da carne suína.
Essa redução decorre de um retrocesso – entre 8% e 9% – tanto no volume como no preço da carne suína. Mas, novamente, o resultado negativo foi contrabalançado pelos aumentos de cerca de 25%-26% no volume e no preço da carne bovina e, também, pelos aumentos de 7,5% e 24% no volume e preço da carne de frango.
A partir dos dados divulgados conclui-se que a quase totalidade da receita cambial gerada pelas três carnes provém de produto in natura, sem maior agregação de valor. No caso, o produto in natura representa em torno de 96% da receita da carne de frango, 94% da receita da carne suína e 91% da receita da carne bovina.