O parecer do grupo de trabalho da Câmara dos Deputados sobre a regulamentação da reforma tributária não incluiu as carnes na alíquota zerada do novo IVA (Imposto sobre Valor Agregado).
Os parlamentares estavam entre duas posições: zerar a alíquota sobre as carnes, o que aumentaria a alíquota padrão sobre os outros produtos em 0,57 ponto percentual (para 27,1%); ou mantê-las com redutor de 60% do IVA (alíquota de 10,6%), o que deixaria a alíquota padrão em 26,5%.
A bancada ruralista é a favor de zerar a alíquota das carnes, mesmo que isso signifique um imposto geral maior sobre os demais produtos, como eletrodomésticos e roupas. Também foi uma defesa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pelo menos para as carnes consumidas pela população mais pobre.
Já o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) havia se manifestado contra zerar o imposto sobre a carne devido as consequências sobre os demais produtos.
Ontem, o grupo de trabalho indicava que havia decidido deixar para o Plenário a decisão sobre a composição da cesta básica nacional, que terá alíquota zerada do novo IVA, e sobre os produtos que serão taxados com o Imposto Seletivo, segundo fontes ouvidas pelo Valor.