Do mesmo modo, o mercado ainda monitora a América do Sul, de olho no clima da Argentina e nos atrasos do Brasil.
Os preços da soja voltam a subir forte na Bolsa de Chicago na tarde de ontem, quinta-feira (20). Perto de 13h20 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 9,75 e 11 pontos nos contratos mais negociados, com o maio valendo US$ 10,59 e o julho com US$ 10,74 por bushel.
Os futuros do grão acompanham a contínua disparada do óleo, que nesta quinta sobe mais de 2% entre as principais posições na CBOT, próximos das máximas em quatro meses. O contrato maio tinha 47,49 cents de dólar por libra-peso. O farelo também vinha atuando em campo positivo em Chicago.
“Há uma menor disponibilidade de óleos vegetais e a Rússia aplicou restrições nas exportações de óleo de girassol, além da quebra da safra de canola no Canadá ter reduzido a oferta de óleo. O óleo de palma mais caro do que o de soja, tornando o óleo de soja a opção mais barata no mercado global, inclusive na China”, explica a equipe da Agrinvest Commodities.
Na ponta da demanda, ainda segundo a consultoria, as vendas de óleo de soja na China estão registrando grandes volumes, sinalizando um incremento importante na demanda.
Do mesmo modo, o mercado ainda monitora a América do Sul. O clima volta a preocupar na Argentina, com a previsão indicando mais dias de calor e tempo seco, bem como o atraso da colheita no Brasil e o ciclo do mercado da soja, por aqui, atrasado em cerca de duas semanas, como explicou Matheus Pereira, diretor da Pátria Agronegócios, em entrevista ao Bom Dia Agronegócio.
Outro fator que está no radar do mercado é a declaração do presidente americano Donald Trump de que poderia estar no horizonte um novo acordo com a China.
“A declaração, feita a bordo do Air Force One, trouxe otimismo ao mercado, reforçando a ideia de evitar uma nova guerra comercial. De acordo com o New York Times, o presidente Donald Trump afirmou que um novo acordo comercial com a China era “possível” e expressou otimismo quanto a um acordo abrangente, incluindo pedidos para que a China aumentasse as compras de produtos americanos e realizasse investimentos significativos nos Estados Unidos. Trump também destacou seu “ótimo” relacionamento com o presidente chinês Xi Jinping”, informou o Grupo Labhoro, ontem, quinta-feira.
A baixa do dólar frente ao real, com a moeda americana valendo R$ 5,70 e queda de 0,46%, contribui para as altas da oleaginosa na CBOT.