Com consumo contido e contratos já firmados entre produtores e frigoríficos, cotações seguem sem variação em São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais.
O mercado de suínos nas principais praças produtoras do país segue estável na 46ª semana de 2025, com manutenção dos preços nas Bolsas de São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. A tendência de equilíbrio reflete um cenário de demanda contida, contratos de médio prazo firmados entre produtores e frigoríficos e o efeito de feriados e menor poder aquisitivo dos consumidores, que reduzem o ritmo de negociações e abates no curto prazo.
O presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, informou que a Bolsa de Suínos de São Paulo manteve o preço em R$ 9,33 por arroba na 46ª semana de 2025. Segundo ele, apesar de na semana anterior os frigoríficos terem conseguido elevar os preços do produto abatido no mercado atacadista e varejista, o cenário atual mostrou-se mais calmo e conservador, o que levou à decisão conjunta pela manutenção das cotações.
Valdomiro avalia que o mês de novembro já está praticamente comprometido, e que as expectativas do setor se voltam agora para dezembro, quando podem surgir novos patamares de preço, a depender do comportamento da demanda e dos custos de produção.
No mercado mineiro, os preços dos animais seguem estáveis nesta semana e o valor está ao redor de R$ 8,50/kg, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
“O mercado continua na faixa do teto, mas a firmeza de novembro é claramente maior que a de outubro. Menos oferta solta e compradores mais ativos reduzem a pressão por baixar preços. O ambiente ficou mais estável e a probabilidade de sustentação aumentou — cenário positivo”, informou Alvimar Jalles, Consultor de Mercado em Minas Gerais.
O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio Di Lorenzi, informou que o mercado de suínos em Santa Catarina manteve os mesmos patamares de preço da semana anterior na Bolsa de Suínos. Segundo ele, essa estabilidade reflete um conjunto de fatores que têm limitado a movimentação nas negociações.
Entre os principais motivos, Losivânio destacou o feriado da próxima semana, que tradicionalmente reduz o ritmo de abates e de compras pelos frigoríficos, e o enfraquecimento do poder aquisitivo dos consumidores, o que tem impactado diretamente o consumo de carne suína no varejo.
Apesar disso, o presidente da ACCS reconhece que alguns produtores podem conseguir preços um pouco superiores em função de uma demanda pontual de frigoríficos que precisam fechar suas escalas de abate. No entanto, ele acredita que o cenário geral continuará de manutenção nas cotações, especialmente porque grandes frigoríficos já firmaram contratos de médio prazo com produtores, garantindo a estabilidade até o fim do ano ou no início de janeiro.
“De modo geral, o mercado deve seguir estável nas próximas semanas, refletindo o equilíbrio entre oferta, demanda e o cenário econômico atual”, concluiu Losivânio Di Lorenzi.
















































