Os preços no mercado da suinocultura independente tiveram queda ontem, quinta-feira (20), mais uma semana desde o final de fevereiro em que os preços vêm recuando. A demanda interna fraca, segundo lideranças do setor, tem pressionado os preços para baixo.
Em São Paulo, o preço cedeu, passando de R$ 8,80/kg vivo para R$ 8,40/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 20.400 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
“Tomando por base o preço do suíno há um mês, houve uma queda de 12,22%. OS fundamentos para a queda são o consumo interno reduzido, oferta de animais vivos acima da demanda, que acabam forçando os preços para baixo. Há também a disputa pelos preços da carcaça, em baixa, provocando um desajuste entre as partes envolvidas”, disse o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira.
No mercado mineiro, o preço caiu, saindo de R$ 8,40/kg vivo para R$ 8,00/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
“A reação esperada após o Carnaval foi adiada para início de abril. Enquanto isso o mercado de suínos vivos segue lento e em compasso de espera, olhando para as carcaças e especulando sobre Quaresma. Não que seu efeito exista, mas é que sempre procuramos alguma coisa simples para tentar explicar eventos que são mais complexos”, disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles.
Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal retrocedeu, passando de R$ 8,34/kg vivo para R$ 8,05/kg vivo.
“Nova queda para o preço do suíno. Pode ser o reflexo da Quaresma, porque o mercado externo está indo bem. São as contas acumuladas do início do ano e que acabam retornando no pós-Carnaval e restringindo o consumo interno. Acredito que, a partir de maio, deva haver uma retomada no movimento de alta”, destacou o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.