Entre estabilidades, altas ou baixas, a unanimidade entre as lideranças da área é de que os custos de produção seguem exercendo forte pressão
O começo de setembro veio trazendo preços com diferentes movimentações nas principais praças produtoras de suínos. Apesar do mercado em campo misto para a suinocultura independente, a pressão dos custos de produção que segue corroendo as margens do suinocultor é unanimidade.
Em São Paulo, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), na quinta-feira (2) o preço do animal ficou estável em R$ 6,13/kg.
O presidente da Associação, Valdomiro Ferreira, explica que a manutenção no preço foi decidida por cautela, pensando no feriado do dia 7 de setembro e nos possíveis desdobramentos para o setor do agronegócio.
O mercado mineiro registrou leve alta, saindo de R$ 6,50 para R$ 6,70 o quilo vivo. Segundo o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, o mercado mineiro continua na mesma realidade de boas vendas e estoques de animais baixos dentro das granjas.
“Com o início do mês a aposta é que o aquecimento do mercado dê lastro para essa correção de preços, compatível com a oferta e procura mineira”, pontuou.
Em Santa Catarina houve recuo, saindo de R$ 6,51/kg vivo para R$ 6,32/kg vivo, conforme afirma o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi.
“Infelizmente estamos amargando quedas a cada semana que passa. Isso está tirando o sono de todo mundo, endividando produtores rurais, e da forma como estão os custos, não há horizonte favorável”, lamentou.
Considerando a média semanal (entre os dias 26/08/2021 a 01/09/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 5,29%, fechando a semana em R$ 6,27.
“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,10”, informou o reporte do Lapesui.
No mercado gaúcho, que comercializa os animais na modalidade independente às sextas-feiras, foi registrado queda na última (27 de agosto), passando de R$ 6,59 para R$ 6,32 o quilo vivo.
De acordo com o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdeci Folador, “o mercado está complicado, as vendas estão difíceis e não se vê horizonte de melhora nos preços”.