Ao longo do mês de janeiro, os preços na suinocultura independente se mantiveram estáveis por várias semanas, e nesta quinta-feira (30), as Bolsas de Suínos nas principais praças que comercializam os animais nesta modalidade mostraram movimentação positiva.
Em São Paulo, o preço subiu, passando de R$ 8,11/kg vivo para R$ 8,32/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 18.800 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
“Esta foi a primeira alta no mercado paulista, em função da reação do preço da carcaça do animal abatido, que chegou ao atacado em R$ 12,00 e na distribuição em R$ 13,00. Com estes novos valores, a relação entre o vivo e o abatido se torna equilibrada entre as partes. O mercado é soberano e, neste momento, a oferta de animais é maior do que a demanda. Com isso, a Bolsa pode ter variações positivas na próxima semana”, disse o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira.
No mercado mineiro, após sete semanas na estabilidade, o preço subiu, saindo de R$ 8,00/kg vivo para R$ 8,30/kg, mas sem acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
“Mercado se agitou após a Bolsa da semana passada, depois se acalmou. Agora, exatamente antes da Bolsa, ele se aqueceu novamente mostrando mais uma vez que não tem dono e nem é manipulado por ninguém. Quando se aquece vem a alta, quando esfria acontece a baixa. O fevereiro é promissor”, disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles.
Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal subiu, passando de R$ 7,73/kg vivo para R$ 7,83/kg.
“Mercado reagindo, com procura maior por parte das indústrias e com bom escoamento para o mercado internacional. O consumo no mercado interno também está favorável, por isso houve este reajuste positivo. Acreditamos que o setor deva continuar com esta puxada para cima devido a oferta mais curta de animais e planos das agroindústrias de acelerar abates”, destacou o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.