Os preços no mercado da suinocultura independente tiveram movimentos de alta ou ficaram estáveis com a proximidade do final do mês de abril. Lideranças esperam que na próxima semana, com a entrada dos salários e os preparativos para a comemoração do Dia das Mães possa trazer aumentos nas cotações.
Em São Paulo, na negociação da Bolsa de Suínos desta quinta-feira (29), o mercado ficou sem referência. Informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) apontam que os frigoríficos não fizeram uma proposta nominal e, por outro lado, os suinocultores solicitam o valor de R$ 9,07/kg vivo, superior aos R$ 8,53/kg vivo praticados na semana anterior.
O mercado mineiro manteve o valor de R$ 8,00, sem acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles.
“Os frigoríficos alegaram grande concorrência com carcaças do Sul e pretendiam uma baixa nos preços. Os produtores confiam na melhoria de vendas com o início do mês e o Dia das Mães, historicamente a melhor semana de vendas fora do mês de dezembro”, disse.
Em Santa Catarina, a negociação na Bolsa de Suínos realizada nesta quinta-feira (29) também resultou em preço praticamente estável, saindo de R$ 8,08/kg vivo para R$ 8,09/kg vivo.
De acordo com Losivanio de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de criadores de Suínos, é importante que não haja queda nos preços, dada a pressão pelos custos de produção. “No final do mês a gente vê as vendas travadas por parte dos frigoríficos, consumidor sem dinheiro, mas esperamos que semana que vem a situação melhore”, afirmou.
Considerando a média semanal (entre os dias 22/04/2021 a 28/04/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 12,47%, fechando a semana em R$ 7,74.
“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 7,52”, informou o relatório do Lapesui.
No Rio Grande do Sul, onde as negociações são realizadas às sextas-feiras, houve aumento na última (23), com o valor do animal passando de 7,39/kg vivo para R$ 7,56/kg.
Segundo o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdeci Folador, o mercsdo está conturbado, andando de lado, sinalizando dificuldades para a negociação desta sexta-feira (30). “Esperamos que, pelo menos, o preço de R$ 7,56/kg se mantenha”, disse.