Mesmo com as fortes desvalorizações registradas para o suíno vivo no encerramento de maio, devido à demanda retraída, o valor médio mensal do animal ainda registrou leve avanço frente ao de abril nas regiões acompanhadas pelo Cepea no Sudeste. A sustentação da média de maio veio dos tímidos avanços nos preços verificados no começo do mês, o que, por sua vez, esteve atrelado ao bom ritmo de vendas de carne naquele período.
Na comparação anual (de maio/22 para maio/23), as médias de preços subiram, em termos reais (deflacionado pelo IGP-DI de maio/23), em todas as praças acompanhadas pelo Cepea.
Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo posto na indústria foi comercializado à média de R$ 6,60/kg em maio, leve alta de 0,2% frente à do mês anterior e ainda 12,5% acima da de maio/22, em termos reais. Em Patos de Minas (MG), o animal foi comercializado à média de R$ 6,54/kg em maio, com elevações mensal de 1,2% e anual de 7,7%.
Já no Sul do País, os preços caíram de abril para maio. No Norte do Paraná, o valor do suíno vivo posto recuou fortes 5,6%, com a média a R$ 6,39/kg no último mês, mas houve avanço anual de 20,9%, também em termos reais. Na praça catarinense de Braço do Norte, a média de maio foi de R$ 5,95/kg, queda de 4,5% frente à de abril/22, mas 19,8% acima da de maio/22. No Vale do Taquari (RS), a média de maio foi de R$ 6,48/kg, com recuo mensal de 4,1%, porém, alta anual de 27,2%.
Apesar das boas vendas de carne suína no início do mês, a baixa liquidez e a oferta elevada resultaram em intensas quedas nos preços no encerramento de maio. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína recuou 0,8% de abril a maio, indo a R$ 9,66/kg no último mês – em um ano, contudo, verificase avanço de 4,4% na média em termos reais (deflacionado pelo IPCA de maio/23).
No mercado do estado de São Paulo, o pernil com osso registrou a desvalorização mais expressiva dentre os cortes suinícolas monitorados pelo Cepea. O produto foi cotado à média de R$ 10,81/kg em maio, queda de 5,6% frente à de abril. Apesar da baixa mensal, a média ainda ficou 4,4% acima da observada em maio/22, em termos reais.