Embargo do país asiático ao produto brasileiro já dura mais de 50 dias
As equipes técnicas do Ministério da Agricultura e da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) se reuniram na noite de quinta-feira (21) para tratar da reabertura das exportações de carne bovina brasileira para o país asiático. O encontro havia sido solicitado por Brasília após o envio das primeiras informações sobre os casos atípicos do mal da “vaca louca” em Minas Gerais e Mato Grosso, em setembro.
A reunião técnica não contou com a participação de ministros. O encontro serviu para esclarecer procedimentos implementados no Brasil para o controle e vigilância da doença. Ainda em setembro, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) declarou como insignificante o risco para o rebanho bovino brasileiro.
Os técnicos do Ministério da Agricultura “aportaram informações complementares solicitadas pelos técnicos chineses”, informou a Pasta. Ainda não houve definição de prazo para a retomada dos embarques. “Os contatos continuarão ocorrendo pelo referido canal para a expedita conclusão das avaliações técnicas”, completou o ministério em resposta ao Valor.
Solução rápida
Na quinta-feira, o chanceler chinês Wang Yi afirmou ao ministro das Relações Exteriores, Carlos França, que acredita em uma solução rápida para o problema. O embargo, adotado voluntariamente pelo Brasil em 4 de setembro após a identificação dos casos de “vaca louca”, já dura, agora, mais de 50 dias.
No fim de setembro, o Ministério da Agricultura afirmou em nota que havia encaminhado “solicitação para reunião técnica, ainda não agendada pelas autoridades chinesas, que alegam estarem analisando as informações enviadas”.
Apesar de ter sido adotada voluntariamente pelo Brasil, a suspensão só pode ser retirada por decisão da China, sem prazo estabelecido para isso