Em nova e recente avaliação das tendências das exportações brasileiras de carnes em 2021, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) sinaliza que devem aumentar em torno de 5% em relação a 2020, marcando o décimo ano consecutivo de crescimento. Contribuem para esse desempenho o déficit de oferta de carne suína na China, a moeda (real) competitiva e a recuperação global da economia.
Em 2021 o Brasil deve responder por 23% das exportações globais de carne. Apesar, no entanto, do significativo aumento observado nos últimos anos, a participação brasileira no mercado mundial será apenas 1 (um) ponto percentual superior à registrada em 2018.
A participação do Brasil nas exportações globais de carne bovina aumentou muito nos últimos anos, estimando-se que gire em torno dos 25% em 2021. Essa expansão começou após o surgimento da peste suína africana na China em 2018 e continuou no ano passado, apesar da recessão global e de um food-service deprimido.
A recuperação da demanda na União Europeia e no Oriente Médio(*), bem como as fortes compras da China posicionam o Brasil para um maior crescimento das exportações de carne bovina em 2021.
No tocante também à carne suína a participação do Brasil nas exportações globais tem aumentado continuamente nos últimos anos. Prevê-se que em 2021 representem 11% das exportações mundiais.
Em comparação com as exportações de outras carnes importantes, as exportações de carne suína são relativamente pequenas, mas a produção tem aumentado e vem sendo direcionada para os canais de exportação.
Estima-se que em 2021 as exportações brasileiras de carne suína serão 73% maiores que as registradas antes que a China começasse a enfrentar os problemas com a peste suína africana, em 2018.
Por outro lado, a participação do Brasil nas exportações globais de carne de frango tem se mantido relativamente estável, estimando-se que em 2021 respondam por 32% do volume negociado internacionalmente.
Embora as exportações de carne de frango do Brasil venham se fortalecendo desde 2018,
as exportações de outros fornecedores menores – como Tailândia e Rússia – têm crescido a taxas maiores.
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