O país é livre desta doença e por isso decidiu não admitir a entrada
A Argentina, por meio do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), detectou três suínos reprodutores positivos para anticorpos da Síndrome Reprodutiva e Respiratória Suína (PRSS) em amostras oficiais de animais importados durante o período de quarentena.
O país é livre desta doença, que não é transmissível ao homem, e por isso decidiu não admitir a entrada de animais importados para preservar e manter as condições sanitárias do setor suíno local. Segundo a Federação dos Produtores de Suínos “foi muito importante que o Senasa tenha comunicado com transparência e rapidez a situação que pode ser detectada ao cumprir todos os protocolos de quarentena estabelecidos pelo mesmo organismo”.
Durante o mês de outubro, dois grupos de suínos da mesma origem foram importados para a Argentina e durante a quarentena oficial, três deles foram reativos à técnica ELISA para detecção de PRRS em amostras oficiais. Diante do resultado obtido, os veterinários oficiais do Senasa visitaram imediatamente as duas instalações de isolamento e verificaram se as condições específicas de biossegurança aplicáveis ??a este tipo de local estão devidamente cumpridas e se os procedimentos de quarentena foram cumpridos e registados. Conforme estabelecido nos procedimentos pós-controle foi realizado o teste confirmatório de Imunofluorescência Indireta (IFI), que também apresentou resultados positivos.
O crescimento do setor tem exigido a incorporação da genética através de reprodutores importados, gerando um desafio que vem sendo assumido pelo Senasa, estabelecendo medidas preventivas para a entrada de PRRS com base na sua avaliação de risco e de acordo com a atualização das recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e informações científicas.
As importações de suínos reprodutores são realizadas em conformidade com os requisitos de origem estabelecidos nas resoluções aprovadas pelos países do Mercosul GMC nº 56/14 e 38/18. Essas normas estabelecem as certificações, testes diagnósticos e quarentenas que devem ser realizados no país exportador, antes do envio dos animais à Argentina.
Da mesma forma, como garantia complementar os animais importados devem passar por quarentena oficial e exames complementares de diagnóstico na Argentina, sendo apenas liberados e admitidos para o território nacional, uma vez que os atendam de forma satisfatória.
A PRRS (Porcine Reproductive Respiratory Syndrome) é uma doença vírica nova, grave, e que atinge animais de todas as idades. As principais perdas com a doença estão relacionadas à diminuição do número de animais produzidos por porca/ano, e a diminuição da produção dos animais infectados. É uma das infecções virais com maior impacto econômico na América do Norte e em muitos países europeus. No Brasil é obrigatória a notificação imediata ao serviço veterinário oficial (SVO) de qualquer caso suspeito. O rebanho suíno brasileiro é considerado livre da infecção pelo vírus da PRRS perante à OIE.