Pelas projeções da CONAB, divulgadas na semana passada, em 2021 o brasileiro está sujeito a contar com uma disponibilidade per capita de carnes inferior à de cinco anos atrás. Para 2016, o apontado foram 93,5 kg per capita das três carnes. O previsto para 2021 indica disponibilidade de 91,6 kg, redução de 2,1% em um quinquênio.
Embora esteja sendo prevista para o corrente exercício uma redução de quase 5% no volume de carne bovina, a queda na disponibilidade per capita total não resulta de uma menor produção. A de carne de frango deve aumentar 9% e a de carne suína perto de 17%, desempenhos que farão com que o volume global das três carnes, de pouco mais de 27,4 milhões de toneladas, seja 5,6% superior ao de 2016.
Ou seja: o que vem ocorrendo é um aumento significativo nas exportações das carnes bovina e suína que, em 2021, tendem a um aumento de embarques da ordem de 50%. Mas como a CONAB estima que as exportações de carne de frango (52% do total previsto) podem recuar quase 4% – em relação a 2016, ressalte-se -, o volume exportado deve aumentar 16%, bem acima da expansão na produção, estimada em 5,6%.
Frente a esse quadro, o maior aumento na disponibilidade per capita – adicional de 10,7% em relação aos 44,9 kg disponibilizados em 2016 – será proporcionado pela carne de frango. Serão quase 5 kg per capita a mais, que devem ajudar a minimizar a queda de 7,5 kg (22,1% a menos) prevista para a carne bovina. O estimado para a carne suína é um aumento de 5,2%, cerca de 700 gramas per capita a mais que em 2016.
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