No decorrer de maio, o acompanhamento do preço médio diário do suíno vivo no interior de São Paulo – segundo pesquisa realizada pelo Cepea – mostrou que os suinocultores não conseguiram comercializar o cevado em condições favoráveis no período.
Os suinocultores abriram maio com leve reajuste que foi evoluindo aos poucos até atingir valor de R$103,05 por arroba comercializada no decorrer da segunda semana, período que pode ser considerado o melhor do mês para os negócios, diante do pleno restabelecimento na capacidade aquisitiva da população.
Passado esse momento, os preços começaram a refluir significativamente até o encerramento do mês, realidade típica desse período. Mesmo assim, encerrando maio com cotação superior às alcançadas no mesmo período de 2021 e 2022.
Considerando a evolução do preço médio diário no decorrer do mês, o desempenho foi melhor que os verificados em maio do ano passado e do último triênio. Isso porque o preço médio diário atingiu evolução máxima de 3,9% no decorrer do mês, encerrando maio apresentando involução de 10,9% sobre o recebido na abertura, enquanto o histórico e o ano passado finalizaram apresentando involução de, respectivamente, 11,6% e 22,7%.
O corolário é que, preparado para atender um consumo mais volumoso no mercado doméstico e um crescimento de demanda no mercado externo, o resultado não tem favorecido o suinocultor que tem convivido com grande ônus produtivo. E isso pode impactar negativamente o plantel produtivo no médio prazo.