A doença do edema (DE) está presente na cadeia produtora de suínos mundialmente, incluindo o Brasil. Ela é uma toxinfecção com elevada taxa de mortalidade causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtora da toxina Shiga 2 (Vt2e).
Com o desmame dos leitões, a integridade da barreira intestinal e as suas vilosidades sofrem alterações estruturais importantes. Quando existe uma grande quantidade de E. coli verotoxigênica no intestino destes animais, a toxina produzida pela bactéria é absorvida com maior facilidade pelo organismo em decorrência das mudanças fisiológicas e estruturais que estão acontecendo. Devido à alta permeabilidade do endotélio, os animais apresentam edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros.
Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita. Já em casos subclínicos da doença, os animais acometidos apresentam desempenho comprometido, principalmente na fase de creche, o que pode ser confundido com deficiências nutricionais ou outros problemas de saúde.
Autor:
Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de serviços veterinários de suínos da Ceva Saúde Animal.
O artigo na íntegra está disponível na edição 09 da Revista do AviSite, a partir da página 24.