A cooperativa Cocamar, com sede em Maringá (PR), anunciou hoje um faturamento de R$ 13,018 bilhões em 2023, um crescimento de 17% em comparação com 2022. Os resultados foram divulgados em assembleia geral. A sobras distribuídas aos cooperados também aumentaram 17% no comparativo anual. Foram R$ 122,6 milhões distribuídos para 19 mil associados.
A movimentação de grãos foi de 4 milhões de toneladas, considerando soja, milho, trigo e sorgo. Apenas de soja, foram 2,3 milhões de toneladas, quase o dobro de 2022 (1,2 milhão). O volume de milho aumentou de 1,3 milhão para 1,7 milhão de toneladas de um ano para outro.
O crescimento foi registrado em um ano considerado “complexo” pela direção da cooperativa. O presidente-executivo, Divanir Higino, destacou que a maior oferta de soja no Brasil pressionou as cotações no ano passado. A concentração da colheita em determinados momentos exigiu medidas de organização para garantir o recebimento dos produtos.
“A reviravolta no mercado deprimiu também os preços do milho e do trigo e freou, num primeiro momento a comercialização da soja, que depois passou a avançar lentamente. Como consequência, os produtores, de uma forma geral, ficaram mais cautelosos na efetivação de negócios. Por isso, muitos deixaram de planejar, como vinham fazendo, a antecipação de insumos para o ciclo 2023/24, arriscando-se em aquisições de última hora”, disse Higino.
Mesmo neste cenário, 2023 foi marcado por expansão das atividades da Cocamar. A cooperativa inaugurou instalações nos Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás, fechou uma parceria na operação de uma unidade frigorífica em Nova Londrina (PR), e iniciou investimentos para aumentar de 2,2 milhões para 2,5 milhões de toneladas, o que deve ocorrer neste ano.
A expectativa é de manter a trajetória de crescimento. Para o ano de 2024, a previsão é chegar a R$ 14,2 bilhões de faturamento. Para 2025, a meta é atingir R$ 15 bilhões.