A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) iniciou o cronograma de reuniões regionais, que segue até setembro, para debater as principais demandas e os desafios enfrentados pelo agronegócio em cada uma das regiões do estado. O primeiro encontro ocorreu nesta quarta-feira (21), em Lages, e reuniu dirigentes de Sindicatos Rurais da serra catarinense.
As atividades foram conduzidas pelo presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, e pelo presidente do Sindicato Rural de Lages e vice-presidente regional da Faesc, Márcio Pamplona. Também estiveram presentes o vice-presidente executivo da Faesc Clemerson Argenton Pedrozo, o vice-presidente de secretaria Enori Barbieri e o vice-presidente de finanças Antônio Marcos Pagani de Souza.
O objetivo dos encontros, de acordo com o presidente Pedrozo, é manter contato com as lideranças locais, ouvir as reinvindicações, saber como está o sistema nas bases e transmitir as mais recentes informações recebidas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Senar Nacional.
“Felizmente o nosso sistema vive um momento peculiar, embora tenhamos alguns desafios, como ocorre na região serrana”, comentou Pedrozo ao se referir às propriedades que estão impossibilitadas de produzir por problemas de interpretação da legislação. “Vamos continuar buscando alternativas para resolver essa demanda, pois o produtor rural apenas cumpriu a lei.”
Outra iniciativa que ganhou ênfase esteve relacionada à uniformização dos trabalhos das patrulhas que garantem a segurança nas propriedades da região, além da busca de soluções para evitar a inadimplência nos pagamentos aos pecuaristas que comercializam nas feiras. Também foram debatidos assuntos como o apoio do setor produtivo catarinense aos produtores do Rio Grande do Sul, o Plano Safra, o Programa Novilho Precoce, o Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), entre outras ações.
O presidente do Sindicato Rural de Lages e vice-presidente regional da Faesc, Márcio Pamplona, realçou a satisfação em receber os líderes sindicais da região para avaliar, juntamente com a Faesc, quais são as linhas de ação das entidades para trazer benefícios ao produtor. Expressou preocupação com a segurança no meio rural e com os problemas ambientais, além de ressaltar a importância de discutir as atividades desenvolvidas pela Faesc em parceria com os Sindicatos Rurais e as iniciativas em conjunto com o Governo do Estado para fortalecer o setor produtivo.
PROGRAMA NOVILHO PRECOCE
Considerado um dos destaques da pauta, o Programa Novilho Precoce foi abordado pela médica veterinária, coordenadora estadual do Programa e de Inspeção de Abatedouros Frigoríficos de Ruminantes na Cidasc, Flávia Klein. “Nosso objetivo é divulgar essa iniciativa pública do estado, criada em 1993, para estimular os produtores a enviarem animais ao abate com até 30 meses. Somente na região de Lages 800 UEPs (Unidades de Exploração Pecuária) estão cadastradas no Programa e isso representa 44% dos estabelecimentos rurais dedicados à bovinocultura de corte aptos a participar. Há um potencial expressivo na região e, por isso, é fundamental que o produtor tenha conhecimento sobre essa iniciativa”, afirmou.
Flávia frisou, ainda, a importância do Novilho Precoce ao mencionar que viabiliza a atividade pecuária com aumento da produtividade; reduz o déficit de carne bovina no estado; promove o aumento do emprego no meio rural; gera renda ao produtor; melhora a qualidade da carne ofertada com a redução da idade de abate, entre outros benefícios.