A carne suína volta a ocupar espaço central na mesa do brasileiro durante as festividades de Natal e Ano-Novo. Presente em receitas tradicionais, tábuas frias e pratos principais das ceias, o consumo do porco se mantém como uma das escolhas mais recorrentes de dezembro, tanto pelo costume quanto pela diversidade de aplicações nos cardápios familiares.
Dados recentes mostram que o consumo per capita de carne suína no Brasil alcançou 19,52 kg em 2024, segundo levantamento do setor. Ao mesmo tempo, há relatos de aumento da demanda para o fim do ano como cortes de pernil e tender. Apesar de a maioria dos protagonistas da ceia de Natal terem sofrido um aumento significativo nos preços, alguns itens apresentaram queda, como o tender (-11,3%) e o pernil (-1,9%), segundo pesquisa da VR.
No caso da Del Veneto, especializada em cortes suínos da raça Duroc, a procura deve crescer 20% neste período quando comparada aos outros meses do calendário. “A carne suína responde muito bem ao formato das celebrações de fim de ano. Os cortes permitem preparo com antecedência, bom rendimento e adaptação tanto à ceia principal quanto a entradas e tábuas frias”, explica Flávia Brunelli, especialista em cortes suínos e founder da Del Veneto.
No fim do ano, a preferência do consumidor se concentra em cinco cortes específicos, que lideram a procura na empresa da Flávia. O ranking considera volume de pedidos, frequência de consumo e presença nos diferentes momentos das comemorações.
5º lugar – Prosciuttos para tábua de frios
Os prosciuttos aparecem como opção para entradas e recepções que antecedem a ceia principal, integrando tábuas frias e composições de aperitivos. “Os embutidos ganham espaço no início das confraternizações, principalmente em recepções que antecedem a ceia, quando a proposta é servir porções fracionadas”, afirma Flávia.
4º lugar – Porchetta recheada
A porchetta recheada surge entre os cortes mais procurados pela combinação entre apresentação, rendimento e diversidade de recheios. O preparo envolve assado integral e serviço fatiado. “O recheio amplia as possibilidades de sabor e torna a porchetta um prato central para ceias com maior número de convidados”, comenta a especialista.
3º lugar – Tender
O tender mantém posição de destaque pela praticidade no preparo e aplicação direta na ceia. Defumado e pronto para finalização no forno, ele aparece tanto como prato principal quanto como complemento do cardápio. “O tender atende um público que busca rapidez sem abrir mão de manter a carne suína como base da refeição”, complementa Flávia.
2º lugar – Pernil recheado
O pernil recheado figura entre os cortes mais escolhidos para o prato principal das ceias. A peça ganha camadas de recheio que ampliam textura e sabor, com preparo concentrado no forno. “O pernil recheado atende famílias maiores e permite variações conforme o perfil da ceia, com recheios mais leves ou mais intensos”, diz a Founder da Del Veneto.
1º lugar – Carré de leitão
O carré de leitão ocupa o topo do ranking e lidera a procura entre os cortes suínos no mês de dezembro. “O carré reúne maciez, rendimento e apresentação. Por se tratar de leitão, a carne apresenta fibras mais curtas e responde bem tanto ao forno quanto à grelha. O preparo mais adotado envolve assado inteiro, com finalização fatiada para o serviço”, orienta Brunelli.
Na etapa final das compras para as ceias de Natal e Ano-Novo, a escolha da carne suína exige atenção a critérios que vão além do corte em si. A avaliação visual da peça, as condições de armazenamento no ponto de venda, a procedência do fornecedor e a adequação do tamanho ao número de convidados influenciam diretamente o aproveitamento do produto e o resultado do preparo. Em um período de alta rotatividade no varejo, esses cuidados se tornam ainda mais relevantes para evitar perdas de qualidade.
“O consumidor precisa observar a coloração da carne, que deve ser uniforme, a gordura clara e bem distribuída e a firmeza ao toque. Outro ponto importante é verificar a proporção entre carne e gordura de acordo com o tipo de preparo desejado. Para assados longos, a gordura protege a peça. Para grelha e fatias, cortes mais magros funcionam melhor”, finaliza Flávia Brunelli.




















































