Quando comparados ao mesmo período de 10 anos atrás, os dados da SECEX/ME relativos ao primeiro quadrimestre de 2022 mostram que a maior evolução na exportação de carnes coube à carne bovina, vindo na sequência a carne suína. A carne de frango registrou o menor índice de incremento no período analisado.
Nesses 10 anos, o volume de carnes exportadas pelo Brasil aumentou pouco mais de 45%. Mas o índice de crescimento das carnes bovina e suína foi bem superior a essa média – de 145% e 105%, respectivamente. De 2012 para 2022 (1º quadrimestre), o incremento no volume de carne de frango não chegou a 18%.
No que tange à receita cambial – cerca de 75% maior entre um período e outro – apenas a carne bovina registrou evolução acima dessa média, de quase 187%. A receita da carne suína aumentou, aproximadamente, 65% e da carne de frango pouco mais de 14%.
Apesar do desempenho aparentemente fraco, em termos de volume a carne de frango continua liderando as exportações do setor, tendo respondido, no primeiro quadrimestre de 2022, por 61% do total exportado. Mas também perdeu participação, pois em 2012 sua fatia correspondia a três quartos do total exportado..
Tanto a carne bovina como a suína ocuparam o espaço deixado. O volume de carne bovina passou de 16% para 27% do total exportado. E o da carne suína subu de 9% para 13%.
O maior volume aliado a um preço significativamente melhor fez com que a receita cambial da carne bovina (32% do total em 2012), passasse a contribuir com mais da metade da receita cambial das carnes: 53% no quadrimestre.
A perda de participação da carne de frango se refletiu também na receita que, de 58% em 2012, recuou para 38% neste ano. Mas não foi o único caso. Pois mesmo tendo aumentado sua participação no volume total exportado, a carne suína viu sua participação na receita cambial sofrer ligeira retração – de 10% em 2012 para 9% em 2022.