A processadora brasileira de alimentos BRF confirmou que tornou o uso de uma máscara facial “opcional” em sua fábrica de frangos de Carambeí desde domingo, de acordo com um comunicado enviado à Reuters na terça-feira (17).
A medida foi detalhada em um memorando interno visto pela Reuters anteriormente.
A empresa disse que o plano reflete uma melhora nos indicadores de COVID-19 no Brasil, uma alta taxa de funcionários com ciclo completo de vacinação e recomendações das autoridades de saúde.
Outros grandes frigoríficos do Brasil ainda não mudaram suas políticas de proteção ao trabalhador.
A JBS, maior produtora de carne do mundo, disse à Reuters que está mantendo os requisitos de máscaras em suas unidades como parte de seu protocolo de prevenção à COVID. Os processadores de carne bovina Minerva e Marfrig disseram o mesmo em declarações separadas.
A Aurora, uma processadora privada de suínos e aves, está mantendo o uso de máscaras “em suas principais fábricas, pois são unidades que exportam para países que exigem”.
A China, que baniu seletivamente os frigoríficos no Brasil e em outros países devido a preocupações com a COVID desde o início da pandemia, continua a aplicar medidas rigorosas para conter a propagação do coronavírus.
A fábrica da BRF em Carambeí está autorizada a exportar produtos de frango para Hong Kong, Egito e África do Sul, entre outros, segundo o site do Ministério da Agricultura.
O uso de máscaras faciais em Carambeí continuará sendo obrigatório para trabalhadores em grupos de risco, incluindo maiores de 60 anos ou indivíduos imunossuprimidos, informou a BRF.
A suspensão do uso obrigatório de máscaras estaria em consonância com um acordo nacional alterado firmado entre a empresa e o Ministério Público do Trabalho relativo aos protocolos da COVID, segundo o sindicato de Carambeí, que citou informações da BRF.
Citando informações da BRF, o sindicato da classe em Carambeí observou , que a medida estaria de acordo com um acordo alterado firmado entre a empresa e o Ministério Público do Trabalho.
O Ministério Público do Trabalho no Paraná não respondeu ao pedido de informação.
Quando as infecções por COVID-19 começaram a abalar os frigoríficos brasileiros em 2020, algumas empresas, incluindo a BRF, assinaram acordos com promotores do trabalho em diferentes estados com o objetivo de melhorar a proteção local dos trabalhadores