O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, disse que é necessário o Brasil abrir os mercados para novos acordos comerciais internacionais. Segundo ele, nos 11 acordos com 14 países, “o Brasil precisa avançar nos benefícios tarifários para ganhar competitividade”, afirmou durante a sua participação no 40º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex 2021), realizado ontem (14), virtualmente.
Conforme o executivo, para o mercado de proteína animal, estão no radar possíveis acordos do Mercosul com a União Europeia, o Canadá, a Coreia do Sul, Vietnã, Indonésia e Cingapura. “Somos a favor de todos esses acordos”, disse. E aproveitou para elogiar a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que conseguiu uma abertura de mais de 20 novos mercados para as carnes de frango e suína.
Santin condenou as barreiras que estão em vigor para as exportações brasileiras. Entre elas, a da África do Sul, que alega uma possível prática de dumping; a da Indonésia, com medidas restritivas às compras de carne de frango; a da Arábia Saudita, que suspendeu este ano as habilitações de 11 unidades de abate de aves; além da União Europeia, com exigências a respeito da salmonela divergentes para os produtos in natura e com adição de sal.
A tendência para as relações comerciais no setor de proteína animal, porém, ainda são positivas, com o País podendo fechar o ano com novos recordes de exportação, destacou o executivo. Na avaliação dele, a China deve continuar comprando bons volumes de carne suína brasileira, ainda por causa do déficit gerado pela peste suína africana. Além disso, o México tende a elevar as importações de carne de frango do Brasil, em virtude de uma menor produção doméstica, prejudicada pelo encarecimento dos grãos.