Os títulos voltados ao financiamento do agronegócio com recursos privados somaram R$ 1,036 trilhão em estoques ao fim de junho. O avanço foi de 23,8% em um ano, de junho de 2023 a junho deste ano, informou o Ministério da Agricultura no “Boletim de Finanças Privadas do Agro”. No ano passado, os estoques de Cédulas de Produto Rural (CPR), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagro) haviam somado R$ 836,55 bilhões. Em maio, o estoque era de R$ 1,019 trilhão.
O maior crescimento foi reportado no patrimônio dos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagro), que cresceu 147% em junho deste ano ante igual mês do ano passado, de R$ 15,60 bilhões para R$ 38,51 bilhões administrados por 109 fundos em operação. No período, o estoque de Cédulas de Produto Rural (CPRs) aumentou 36%, passando de R$ 258,57 bilhões para R$ 351,92 bilhões. Outro destaque do mês foi o avanço de 26% no estoque dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), a R$ 140,59 bilhões ao fim do mês passado.
As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) apresentaram alta de 12% nos estoques na comparação anual, a R$ 472,66 bilhões, mostrando um desempenho “mais contido” desde o início do ano, segundo a pasta. A LCA é hoje a principal fonte de recursos livres direcionados à concessão de crédito rural.
Os Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), por sua vez, subiram 8%, para um estoque de R$ 32,79 bilhões em junho.