O Governo do Paraná promoveu, na terça-feira (31/05), uma cerimônia para celebrar o primeiro ano da certificação do Estado como área livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Realizado no Palácio do Iguaçu, sede do governo, em Curitiba (PR), o evento reuniu um grande número de autoridades e serviu também para comemorar os 10 anos de fundação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
De acordo com o governador Carlos Massa Ratinho Junior, a certificação da OIE é a maior conquista do agronegócio paranaense em 100 anos. “O Paraná celebra seu primeiro ano como área livre de febre aftosa sem vacinação com todas as condições reunidas para ampliar a competitividade no mercado internacional de proteína animal”, afirmou.
Além de abrir novas e promissoras oportunidades para o Estado no front externo, a condição sanitária também vem atraindo empresas e estimulando investimentos no agronegócio do Paraná. Um exemplo são as cooperativas agroindustriais, que preveem investir cerca de R$ 4,2 bilhões neste ano, sendo R$ 700 milhões somente no abate de suínos.
Complexo Genético no Paraná
Durante a cerimônia, a Agroceres PIC foi convidada para falar sobre os investimentos que está realizando no Estado. Maior empresa de genética do Brasil, a Agroceres PIC vem há anos fortalecendo sua posição no Paraná. Além de uma Unidade de Disseminação de Genes (UDG) localizada em Laranjeiras do Sul, a empresa prepara-se para inaugurar um moderno Complexo Genético em Paranavaí, no noroeste do Estado.
Lá serão instaladas uma nova UDG, com capacidade para alojar 800 reprodutores e potencial para processar 1,2 milhão de doses de sêmen por ano – que será inaugurada no próximo mês – e a moderníssima Granja Núcleo Gênesis, com capacidade para alojar 3.600 fêmeas elite, que entra em operação no início de 2023.
“A certificação do Paraná como área livre de aftosa sem vacinação foi conquistada graças ao esforço do Estado para elevar a vigilância e a defesa sanitária, tarefa da qual a criação da Adapar tem participação destacada”, afirma Gustavo Simão, gerente de Serviços Veterinários da Agroceres PIC, que falou durante o evento. “Esse status sanitário diferenciado abre inúmeras possibilidades para o Paraná no mercado internacional, não apenas para exportação de carne suína como também de material genético. E isso é estratégico para a Agroceres PIC”.
Do Paraná para o mundo
O Estado é o maior produtor de proteína animal do País, com a produção de 6,213 milhões de toneladas de carnes bovina, suína e de frango, no ano passado. O Paraná já é o segundo maior produtor de carne suína do Brasil, atrás apenas de Santa Catarina.
Mais de 2 milhões de toneladas de produtos de origem animal foram exportadas pelo Estado em 2021, o que somou US$ 3,4 bilhões (R$ 16,2 bilhões na cotação atual) na balança comercial, de acordo com as estatísticas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.