Quem chegou a março de 2024 apresentando a melhor evolução de preços em comparação ao período pré-pandemia (média de 2019) foi o frango vivo, pois seu preço no mês registrou variação próxima de 59%, enquanto os do boi em pé e do suíno tiveram incremento de cerca de 43% e 41%, respectivamente.
Tal ganho, porém, é coisa recente, de não mais que oito meses. Porque, em parte desses pouco mais de quatro anos os preços do frango foram inferiores não só aos do boi. E em todo o período pandêmico (isto é, desde março de 2020), seu valor médio foi 52% superior ao de 2019, inferior portanto ao do boi, cujo preço foi, na média, 68% superior. Neste caso, a perda maior recaiu sobre o suíno, com média de 41%.
Nesse espaço de tempo, o melhor momento do suíno ocorreu no final de 2020, ocasião em que o preço alcançado foi 100% superior à média de 2019. Mas isto depois de ter enfrentado situação difícil nos primeiros momentos da pandemia (abril de 2020), ocasião em que o preço registrado sofreu retração de 10% em relação a 2019.
O frango experimentou exatamente a mesma situação. Mas só dois anos depois do suíno, por volta de abril de 2022, é que alcançaria valor 100% superior ao de 2019. Já o boi passou imune por, praticamente, toda a fase mais difícil da pandemia, alcançando seu valor máximo (valorização de 111%) em março de 2022. A partir daí o retrocesso foi praticamente contínuo, só começando a apresentar breve reversão no final de 2023.
Mesmo assim, o boi chegou a março de 2024 com valor quase um terço menor que o do pico histórico de 2022. Para o suíno a queda mais de três anos depois do pico histórico girou em torno dos 30%. Já para o frango, que vem registrando a melhor recuperação de preços no pós-pandemia, a perda em comparação ao melhor preço supera ligeiramente os 20%.