Compilação de dados efetuada pelo MAPA junto à SECEX/ME aponta que entre janeiro e julho deste ano as exportações das carnes bovina, de frango e suína – considerados produtos in natura e industrializados – foram superiores a 4,780 milhões de toneladas, aumentando 6,7% em relação aos mesmos sete meses de 2021.
Poderia ter sido mais não fosse a redução, compreensível, das exportações de carne suína, cujo volume apresenta, até aqui, redução próxima de 10%. Mas esse recuo foi parcialmente neutralizado pela carne de frango (que aumentou 5,77%) e totalmente revertido pela carne bovina, cujo volume foi quase 18% maior.
O bom desempenho da carne bovina se estendeu também ao preço, valorizado neste ano em cerca de 24%. Mas, sob este aspecto, o melhor resultado foi o da carne de frango, com preço médio valorizado em 26%. Já a carne suína sofreu também com a queda de preço, 9% inferior ao alcançado entre janeiro e julho do ano passado.
O corolário desses desempenhos foi uma receita cambial quase um terço maior que a registrada no mesmo período de 2021. E, aqui, metade dos (quase) US$14,6 bilhões auferidos veio da carne bovina, cuja receita cambial aumentou mais de 45% neste ano, superando os US$7,4 bilhões.
A contribuição da carne de frango correspondeu a pouco mais de 37% da receita total. Ela gerou, até aqui, receita muito próxima de US$5,5 bilhões, alcançando valor que significou aumento anual de 33% e que corresponde (em sete meses) a 92% da receita total registrada nos doze meses de 2020.
Ao sofrer queda tanto no volume quanto no preço médio, a carne suína, infelizmente, registrou redução também na receita cambial, 16,5% inferior à de um ano atrás. E isso, claro, impactou negativamente sua participação na receita cambial das carnes, pois ela recuou de 14,30% no ano passado para apenas 9,05% neste ano.