Os três últimos anos tem sido extremamente desafiadores para os suinocultores que tem convivido com expressivo aumento no custo de produção pela alta nas matérias-primas básicas utilizadas na ração e, por outro lado, apresentando dificuldades em comercializar seu produto por preço mais justo.
O fato é que o setor se preparou para atender não apenas ao mercado interno mas, também, a um novo incremento na demanda externa que acabou não se confirmando, tendo como consequência um volume excedente que foi destinado ao mercado doméstico incidindo em preços de comercialização do suíno vivo muito abaixo do custo de produção.
No mercado nacional as disponibilidades elevadas e preços acessíveis desencadearam uma mudança no consumo de proteínas, com o consumidor migrando de proteínas mais caras para a carne suína. E, ao que parece, a proteína caiu de vez no gosto da população.
Apresentando o baixo desempenho de anos anteriores, o preço médio diário do suíno vivo absorveu forte retração em janeiro e parte de fevereiro e mesmo se recuperando nos meses seguintes do primeiro semestre não atingiu os patamares do ano anterior.
No decorrer do segundo semestre mostrou melhor desempenho, mas só conseguiu atingir o maior patamar do ano passado em dezembro último. Isso porque, aparentemente, a carne suína se tornou atrativa para o período das festas de Natal e encerramento do ano. Mesmo assim, terminou o ano sem conseguir atingir os patamares mais elevados verificados no decorrer de 2020 e 2021.
O resultado é que no decorrer de 2022 os suinocultores conquistaram 22 reajustes e, coincidentemente, acusaram o mesmo número de baixas, significando um preço médio de R$127,77 na arroba do suíno vivo, equivalendo a 3,8% de queda em relação a 2021.