Importações de milho têm ganhado cada vez mais força, inclusive entre as pequenas granjas
O volume de milho brasileiro negociado para exportação atingiu 9,25 milhões de toneladas até a última sexta-feira, 13 de Agosto. Em relação à semana passada, há uma alta de 29,1%, aponta a Consultoria AgResourceBrasil.
“Mas, em comparação com as 14,57 milhões de toneladas negociadas para exportação neste mesmo período do ano passado, há uma queda de 36,5%. Essa redução expressiva nos números de exportação podem ser explicados pela quebra de safra do cereal no Brasil, após forte seca entre os meses de abril e maio atingir as lavouras e depois geadas”, explicam os analistas de mercado.
No último relatório mensal de oferta e demanda (WASDE) do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a entidade americana reduziu a projeção de exportação de milho do Brasil em cinco milhões de toneladas, para um total de 23 milhões de toneladas. “Mas, os números de ritmo de embarque de milho brasileiro sugerem que as exportações brasileiras devem ficar em 21 milhões de toneladas, contra 35,2 milhões de toneladas na safra 19/20”, ressalva a Consultoria.
Assim, a AgResource espera que o USDA reduza os embarques do cereal “entre dois a quatro milhões de toneladas no relatório de setembro”. A projeção da AgResource para as exportações de milho do Brasil é ainda menor: está em apenas “18 milhões de toneladas”.
IMPORTAÇÕES
De acordo com a Consultoria TF Agroeconômica, as importações de milho têm ganhado cada vez mais força, inclusive entre as pequenas granjas. Os números da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) mostraram que o país já importou 1.081 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 112,6% com relação ao mesmo período de 2020.
“Com tantas frustrações e vendo-se diante de uma conta impagável pelas perdas climáticas, os produtores não irão recuar tão facilmente nas pedidas. Com isto, os dados com relação à importação devem se manter assim: batendo recorde após recorde”, conclui a TF.