Mulheres ampliam atuação no agronegócio e estão presentes em todas as funções dos elos da cadeia agrícola que compõem o Sistema Campo Limpo.
O Dia Internacional da Mulher, celebrado mundialmente em 08 de março é uma data comemorativa, oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU), no século XX, e visa homenagear todas as mulheres e suas lutas históricas. Ao longo dos anos, toda sociedade é convidada para equiparar condições entre homens e mulheres, sem distinções ou discriminações. Um dos principais setores da economia brasileira vem notando a crescente participação feminina: o agronegócio brasileiro nota o aumento das mulheres em todos os elos da cadeia agrícola, consolidam sua presença e ampliam seu impacto econômico e social.
Segundo pesquisa realizada pelo Boletim Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro, uma publicação trimestral elaborada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), quase 11 milhões de mulheres no Brasil trabalham com o agronegócio. Trata-se de um número que cresce ano a ano.
Dentro do Sistema Campo Limpo, o programa brasileiro e referência mundial de logística reversa das embalagens vazias de defensivos agrícolas, as mulheres estão presentes em todos os elos da cadeia: produtoras rurais, canais de distribuição, cooperativas, indústria e poder público possuem a presença feminina. É o caso da Glaucy Ortiz, engenheira agrônoma e gerente de inspeção e defesa sanitária vegetal da Agência Estadual de Inspeção e Defesa Sanitária Animal e Vegetal no estado do Mato Grosso do Sul (IAGRO/MS), que relata que o apesar da convivência familiar ocorrer no âmbito das cidades, a escolha pela Agronomia foi definida após teste vocacional.
“Logo no início do curso, essa vocação já se consolidava em minha vida pois ao ter experiências com as atividades agropecuárias meu horizonte profissional se ampliava ainda mais! A profissão te oferece enorme possibilidades, como o trabalho na produção de alimentos, desenvolvimento de biotecnologias, ciências do solo, conservação ambiental, produção de fibras e energia, ensino, pesquisa e desenvolvimento de políticas públicas, quer seja no âmbito da assistência técnica ou na defesa agropecuária”, explica.
Impacto positivo e orgulho em pertencer
Ainda de acordo com Glaucy, atuar no agronegócio é um desafio prazeroso e vê com entusiasmo o aumento do número de colegas. “Quando me formei há 25 anos, eram cinco mulheres engenheiras agrônomas formando, de um total de 45 formandos, um pouco mais de 10%. Hoje, na academia e no ambiente rural as mulheres têm se destacado em número e em qualificação. No setor público, no qual atuo, vejo mais mulheres em cargos de lideranças, assumindo papéis estratégicos no agronegócio tanto na construção de políticas públicas quanto no ambiente de produção privada e tudo isso é maravilhoso pois me sinto cada vez mais inspirada e com oportunidade de aprender ainda mais, com outras mulheres que tem feito diferença onde atuam”.
Deise Nicolau, bióloga e coordenadora de Meio Ambiente da cooperativa Cotrijal, também destaca o orgulho em atuar no agro há mais de 15 anos. “O agronegócio desempenha um papel essencial no fornecimento de alimento e demais produtos tanto para a nossa população quanto para o mundo. Estar inserida no agro é motivo de orgulho. A importância do protagonismo das mulheres na agricultura decorre de suas contribuições em diferentes aspectos desse setor. Elas estão envolvidas tanto em tarefas operacionais quanto em papéis de liderança, aumentando sua presença e influência nos processos de tomada de decisão”.
Patrícia D. de Sá Rizzo, Direct Procurement da UPL, destaca o orgulho em atuar no setor, integrar o Sistema Campo Limpo, e incentiva outras mulheres. “Mesmo atuando em um segmento majoritariamente masculino, nunca experimentei preconceito. Isso me inspira ainda mais a encorajar outras mulheres a reconhecerem e explorarem seu potencial, independentemente da área ou da predominância masculina.”
“Além disso, acredito que a presença feminina no agronegócio é essencial, pois traz diversidade de ideias, métodos de trabalho e formas de gerenciamento. Essa variedade enriquece o ambiente profissional, fortalece o setor e impulsiona inovações e soluções mais abrangentes.”, finaliza Patrícia.