Com o começo dos trabalhos de colheita da segunda safra de milho no brasil as previsões de safra recorde estão cada vez mais próximas de se confirmarem, inclusive com a melhora de previsões de clima, afastando as possibilidades de geadas, por exemplo.
Diante deste cenário, Roberto Carlos Rafael da Germinar Corretora, destaca a importância de o Brasil exportar cerca de 55 milhões de toneladas de milho neste ciclo para enxugar os estoques e trazer algum equilíbrio ao mercado nacional.
“Nesse momento é muito milho, muito estoque. O Brasil precisar exportar algo ao redor de 55 milhões de toneladas, precisamos procurar um mercado e ter preço para ser competitivo para esvaziar, porque o excedente é grande”, diz.
O analista ressalta, porém, que será preciso vencer desafios logísticos que estão impostos para conseguir escoar todo esse volume. “O Brasil não estava preparado para uma produção de quase 300 milhões de toneladas entre milho e soja. Estamos com um caos logístico tanto no mercado interno para armazenar o produto no pós-colheita como nos portos, temos escoado níveis de 16 milhões de toneladas que é muito pouco. Esse problema vai acontecer novamente porque a soja vai atrapalhar tanto na questão do espaço como também nos portos que você tem uma questão operacional”.
Por fim, Rafael comenta sobre a importância de os produtores reforçarem seu planejamento e acompanhamento das movimentações de mercado, para estarem preparados para anos de baixa nos preços como este de 2023.
“O produtor precisa fazer sempre, estar atento a tudo o que está acontecendo no mercado, as informações que estão mudando e, em alguns momentos, perceber que pode acontecer um ciclo do que nós estávamos, por exemplo, de baixa nos estoques mundiais para um ciclo de recuperação. Olhar estoques de passagem é fundamental sempre”, pontua.