B3 voltou do Carnaval com leves recuos ontem, quarta-feira.
Após ficar fechada na segunda e terça-feira de Carnaval, a Bolsa Brasileira (B3) retomou as atividades ontem, quarta-feira (05), com os preços futuros do milho contabilizando movimentações
A posições do cereal brasileiro acompanharam a queda do dólar, que recuou ante ao real nesta quarta-feira. Apesar deste cenário, Vlamir Brandalizze da Brandalizze Consulting, destaca que os preços do milho no Brasil seguem sustentados pela falta de oferta interna do grão antes da chegada da segunda safra de 2025.
Ainda nesta quarta-feira, o Cepea divulgou sua semana apontando que, os preços do milho seguem registrando altas expressivas na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. No encerramento de fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas/SP) já operava na casa dos R$ 87,00/saca de 60 kg.
“Os aumentos se devem à maior presença de compradores no mercado spot, a dificuldades logísticas e aos baixos estoques domésticos. Neste caso, os estoques brasileiros estão baixos, e nem mesmo o avanço da colheita da safra verão tem elevado a disponibilidade interna. De acordo com dados da Conab, o estoque de passagem no final de janeiro de 2025 foi de apenas 2,1 milhões de toneladas, expressivos 70% inferior ao do ano anterior, quando era de 7,2 milhões de toneladas”, dizem os pesquisadores do Cepea.
O vencimento março/25 foi cotado à R$ 86,36 com queda de 0,33%, o maio/25 valeu R$ 81,70 com perda de 0,90%, o julho/25 foi negociado por R$ 73,35 com desvalorização de 0,41% e o setembro/25 teve valor de R$ 72,80 com baixa de 0,56%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou elevações neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações nas praças de Rio do Sul/SC, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO e São Gabriel do Oeste/MS, enquanto apenas o Porto de Santos/SP contabilizou perdas.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), a quarta-feira foi de bastante volatilidade, com os preços internacionais do milho futuro registrando momentos de altas e momentos de baixa ao longo de todo o pregão.
Por um lado, a imposição de tarifas dos Estados Unidos ao México, Canadá e China seguiram trazendo pressão para as cotações, assim como foi nos pregões anteriores desta semana.
Por outro, um movimento de compras técnicas aproveitando os preços baixos e um otimismo do mercado sobre a resolução e negociação dessas tarifas nos próximos dias, trouxeram suporte aos preços de Chicago.
O vencimento março/25 foi cotado à US$ 4,40 com alta de 4,25 pontos, o maio/25 valeu US$ 4,55 com elevação de 4,25 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 4,63 com ganho de 4,00 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,41 com estabilidade.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última terça-feira (04), de 0,97% para o março/25, de 0,94% para o maio/25 e de 0,87% para o julho/25.