As exportações brasileiras de carne suína perderam ritmo em novembro, refletindo um cenário de preços mais baixos e recuo no volume embarcado. Segundo dados do setor, o Brasil exportou 93 mil toneladas in natura, queda de 26% em relação a outubro e de 14% frente a novembro de 2024. O preço médio de embarque também diminuiu 2% no mês, para US$ 2.499 por tonelada, reduzindo o spread da exportação de 43% para 41%, próximo à média histórica de 40%.
No mercado interno, os preços permaneceram estáveis em torno de R$ 8,80/kg para o animal vivo em São Paulo, patamar mantido desde outubro. A combinação entre aumento dos abates — alta de 5% em outubro e 1% em novembro — e fluxo mais fraco de exportações ajudou a conter maiores elevações nos valores internos. O spread da suinocultura ficou em 27%, sustentado pela estabilidade nos custos de produção.
Enquanto isso, na China, os preços dos suínos recuaram 27% em relação ao ano anterior, atingindo o menor nível em sete anos, em meio a excesso de oferta e demanda interna enfraquecida. O governo chinês tem atuado para reduzir o número de matrizes, tentando reequilibrar o mercado local.
Projeções do USDA apontam Brasil como destaque em 2026
As projeções globais do USDA para 2026 indicam estabilidade na produção mundial de carne suína, mas reforçam o protagonismo do Brasil entre os principais exportadores. A União Europeia deve seguir em retração (-7,4%), enquanto China e Estados Unidos mantêm estabilidade. O Brasil, por outro lado, deve registrar crescimento de 3,8% nas exportações, o maior avanço entre os grandes exportadores.
O Departamento de Agricultura dos EUA projeta ainda aumento de 1,3% na produção brasileira, após alta de 4% em 2025. Entre os importadores, as Filipinas devem se destacar, com expansão de 7,1%, superando a Coreia do Sul. O cenário sugere novas oportunidades para o Brasil, especialmente se os custos de ração permanecerem controlados, garantindo margens saudáveis e expansão sustentada da oferta.





















































