Em seu segundo Food Outlook de 2022, a FAO estima que a produção mundial de carnes do corrente exercício atingirá novo recorde. Serão 360,1 milhões de toneladas, um pouco menos que o previsto em junho passado (360,1 milhões de toneladas), mas 1,24% a mais que o produzido em 2021.Ou quase 6% acima do produzido em 2020, ano de eclosão da atual pandemia.
Comparativamente ao ano passado, as quatro carnes avaliadas pela FAO devem registrar aumento de produção. Porém, o menor índice de expansão está reservado para as carnes avícolas (essencialmente, carne de frango), cuja expansão deve corresponder a menos da metade dos índices previstos, por exemplo, para as carnes suína e bovina. Mesmo assim, as carnes avícolas continuarão liderando a produção mundial, respondendo por 38,5% do total (carne suína, 34,6%; carne bovina, 20,5%; carne ovina, 4,6%; e demais carnes, 1,7%).
Com, praticamente, 39% do total estimado, a carne avícola também lidera o comércio mundial de carnes. Mas seu incremento, em 2022, deve corresponder à metade do previsto para a carne bovina, de cerca de 5%. Já exportações/importações de carne suína devem recuar em torno de 11%, fazendo com que o comércio mundial retroceda perto de 1%, alcançando o menor nível dos últimos três anos.
O consumo per capita, por sua vez, tende a se manter quase estável, com incremento inferior a meio por cento. Graças a um aumento de 1% da carne suína, de 0,72% da carne bovina e de 0,44% da carne ovina. Porque o consumo da carne avícola, embora tendendo a estabilidade, sinaliza redução de 0,13%. O que não tira sua liderança no consumo per capita, respondendo por 38,5% dos quase 45 quilos previstos pela FAO.