O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou novamente a relevância do papel da pesquisa no desenvolvimento da agropecuária brasileira, na segunda reunião de gestores dos centros de pesquisa da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), realizada nesta terça-feira (25), na sede da empresa, em Brasília.
O ministro falou do orgulho da Embrapa nos seus 50 anos de existência. “O Brasil desenvolveu tecnologia para produzir alimentos com eficiência. Éramos importador de alimentos e o país se transformou em grande produtor de alimentos. Nossa área plantada com agricultura há 50 anos era algo em torno de 27 milhões de hectares e éramos importadores de alimentos. A partir da Embrapa e da pesquisa privada incrementamos 140% a mais de área ocupada com a agricultura, mas o que é mais importante, 580% foi o crescimento da produção e cresce para, nos próximos anos, ser o maior produtor de alimentos do mundo”, enfatizou Fávaro, diante dos 43 gestores das unidades de pesquisas, da diretoria e da presidente da empresa vinculada ao Mapa, Silvia Massruhá.
De acordo com Massruhá, os gestores das unidades descentralizadas estarão reunidos nesta semana para levantar as prioridades da empresa, fazer o alinhamento do plano diretor e colher subsídios a partir do relatório dos Grupos de Trabalho elaborado no primeiro encontro ocorrido em junho deste ano.
O ministro lembrou, em sua fala, que o atual governo tem preocupação na excelência dos trabalhos e na pesquisa desenvolvida pelos pesquisadores da Embrapa. Ele mencionou que em agosto deste ano, o presidente anunciou recursos de R$ 1 bilhão em investimentos até 2026 por meio do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Serão cerca de R$ 850 milhões em investimentos estratégicos para aumentar a competitividade científica do agro brasileiro, e outros R$ 145 milhões irão para o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA). Os centros de pesquisa da empresa receberão recursos, que serão distribuídos de 2023 a 2026.
O Novo PAC permitirá que a Embrapa se modernize para os próximos 50 anos e possa responder rapidamente aos desafios de garantir segurança alimentar, inclusão socioprodutiva e digital no campo, desenvolvimento de tecnologias ômicas e geração de métricas e indicadores de sustentabilidade para as diversas cadeias produtivas.
Ao ser indagado pela plateia formada pelos 43 gestores sobre os grandes desafios que o agro passa, o ministro, imediatamente, destacou que é sobre a imagem do produtor rural brasileiro. Ele disse que o agricultor atualmente desenvolve uma agricultura sustentável e adota práticas agrícolas que respeitam o meio ambiente, como plantio direto e conservação das bacias hidrográficas. “Precisamos desmistificar a ideia que o produtor produz fazendo desmatamento ou que é devastador. Não podemos deixar que poucos que desmatam criminalmente, contaminem a imagem dos outros. O produtor brasileiro não é vilão, é eficiente, usa de tecnologia e precisamos mensurar o sequestro do Carbono e outros índices e indicadores que comprovem a responsabilidade ambiental na agropecuária”, constata Fávaro.